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“Somos todos marítimos”: uma etnografia das (in)visibilidades do poder na representação social do passado local em Ílhavo / Elsa Peralta

Main Author Peralta, Elsa Abstract Tendo como base empírica o processo de construção de uma “memória do mar” em Ílhavo, com especial incidência sobre a pesca do bacalhau à linha, pretende-se discutir a forma como as noções de identidade e de pertença são construídas por recurso à fixação de imagens selectivas de um passado que é activado de acordo com as agendas de poder de determinados grupos. No caso em análise, a identidade local é articulada por uma narrativa de evocação marítima que reproduz a identidade de classe detida por aqueles que ocupavam posições hierár­quicas dominantes na prática da actividade agora representada. Tornando o “seu” passado ostensivamente visível, estes grupos conferem ­invisibilidade às profundas assimetrias presentes na prática da actividade da qual se reclamam os protagonistas Analytic Etnográfica, vol. 14, n.º 3 (out. 2010), pp. 443-464 Topical name Etnografia - Portugal Geographical name Ílhavo (Portugal) Form or physical characteristic Artigos em periódicos
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CDU 39(045) Online Resources Este artigo encontra-se em acesso aberto
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Article Biblioteca Universidade Europeia (Lispólis)
Estante Revistas Científicas
39/ETN/14-3 vol. 14, n.º 3 (out. 2010), pp. 443-464 Presencial/Restrito UE19703b
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Tendo como base empírica o processo de construção de uma “memória do mar” em Ílhavo, com especial incidência sobre a pesca do bacalhau à linha, pretende-se discutir a forma como as noções de identidade e de pertença são construídas por recurso à fixação de imagens selectivas de um passado que é activado de acordo com as agendas de poder de determinados grupos. No caso em análise, a identidade local é articulada por uma narrativa de evocação marítima que reproduz a identidade de classe detida por aqueles que ocupavam posições hierár­quicas dominantes na prática da actividade agora representada. Tornando o “seu” passado ostensivamente visível, estes grupos conferem ­invisibilidade às profundas assimetrias presentes na prática da actividade da qual se reclamam os protagonistas

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